Joker, o filme que definitivamente chegou para dividir opiniões
Joker chegou a Portugal dia 3 de outubro
deste ano e podemos dizer que, até agora, tem dividido muitas opiniões. Um
filme de suspense psicológico vindo dos Estados Unidos da América, dirigido por
Todd Phillips e coescritor com Scott Silver. Este filme foi baseado no personagem
com o mesmo nome ,“Joker”, da DC Comics e teve a excelente atuação de Joaquin
Phoenix. Conta também com a participação de Robert De Niro, Zazie Beetz,
Frances Conroy, Brett Cullen, Marc Maron, Bill Camp, Shea Whigham, Glenn
Fleshler, Douglas Hodge e Brian Tyree Henry.
Joker tem a sua história retratada no início
do ano de 1980. A cidade onde mora o nosso protagonista, Gotham City, passa por
momentos. Uma lixeira ao ar livre era uma boa descrição para o estado degradado
em que a cidade se encontra. Chegou a este ponto devido a uma greve feita pelos
trabalhadores que recolhem o lixo. O ambiente é sujo e sem vida. A tensão entre
a classe baixa e a classe alta é cada vez mais notória e consequentemente faz
com que existam cada vez mais crimes pelas ruas.
O nosso protagonista, Arthur Fleck, sofre
de uma doença mental que o faz rir de forma espontânea e incontrolável em
momentos inoportunos. Com o sonho de se tornar comediante de stand-up, Arthur
ocupa o seu tempo a trabalhar como palhaço de rua (algo de que claramente não
gosta), para que, no final do dia, quando chega a casa possa tratar da sua mãe
doente. A solidão, a tristeza e um enorme número de medicamentos acompanham a
vida de Arthur que se sente perdido no meio daquela cidade sem coração.
Agora
pergunto, qualquer um consegue ver um filme com este enorme peso psicológico?
Pessoalmente, eu acho que não. Ao ver o filme constatei que não é qualquer
pessoa que o consegue ver sem se sentir afetada psicologicamente até ao ponto
de se sentir culpada de não conseguir fazer nada, mesmo sabendo que é apenas um
filme. Joker é sem dúvida um filme para adultos que contém mensagens sobre a
nossa sociedade que muitas vezes tentamos encobrir. Se acho que divide
opiniões? Sim acho. Para mim foi muito difícil encarar este filme sem me sentir
de alguma forma incomodada com a maneira como o personagem principal é tratado ao
longo do filme e tudo aquilo a que ele é posto à prova, até mesmo ele próprio.
Joaquin
Phoenix e o seu ENORME talento
É certo que eu, pessoalmente, não gostei de
alguma forma deste filme, mas não posso deixar de dar mérito ao protagonista,
Joaquin Phoenix pela sua gigante atuação. Não é nada fácil para um artista
conseguir transmitir emoções através do ecrã de forma tão intensa que o público
chega mesmo a sentir-se incomodado ou até, de certa forma, identificado com a
personagem que este representa. No caso de Joaquin, esse não foi de todo um
problema. Do Riso, às facetas, da encarnação de uma doença aos tiques que nos
percorrem o corpo, este artista soube encarar cada um da forma mais acertada e
acredito mesmo que não exista ninguém que neste momento o consiga superar.
Se recomendo ver este filme? Recomendo. Só
deixo um aviso de que, definitivamente, não é para qualquer um.
Se ainda ainda não teve oportunidade de ver o traleir, aqui está:
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